sábado, 7 de agosto de 2010

Mar Português.

Paisagem de cardos,
de cactos e muros baixos,
brancos de cal.

Paisagem sonhada de Capri,
a Capri de Pousão.

Ao fundo,
a linha azul do horizonte
e a capelinha de Nobre,
" Ó Boa Nova, ermida à beira-mar,
Única flor, nessa vivalma de areias! "...

As vagas tempestuosas
rubi-celestes,
da tragédia
dos náufragos
e dos aflitos...

Este mar que vejo e ouço,
na penumbra escura da taberna
do ócio, dos bravos lobos,
junto ao mercado e ao cais,
é verdadeiramente
o mar português,
e banha Mazagão, Salvador,
Mombaça e Nagasaki.

E são castelos
os seus sonhos de espuma.

Alucinados,
os seus cavaleiros, de alísios
e monções,
junto às barras
e nas restingas.

Fortes,
a vau.

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