sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Desencontro.

Estás sentada na esplanada
e não vês,
a água vem subindo a areia
húmida,
e estende-se,
húmida também,
na escuridão
da noite.

Borbulha a tónica no teu copo
e não vês,
a areia que brilha
na noite
escura.

Vozes...

Zut!

São palavras
impossíveis,
as dessas vozes
caladas...

Sonhos frustrados,
desejos que a boa moral
reprimiu.

E tu,
bebericando a água
com limão,
nâo vês...

O mar rebenta
em espuma húmida
na noite escura...

Tu não vês...

Zut!

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