sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Manhã de Água.

Sobe da água que corre
um rumor de pétalas
e o aroma da luz.

O silêncio secreto
da cinza.

Adormecida poalha,
na plenitude húmida
da manhã.

domingo, 14 de setembro de 2014

Lembra-me.

Bando de gaivotas
a poisar no areal
deserto.

E tu.

Tu, sempre tu,
nesta boca
com que te amei,
mordida de paixão.

Com a tua mão
desenhei
o meu coração.

Rubro,
gelatinoso,
doce.

Um horizonte
de ardida
cegueira
em contra-luz.

E tu,
tão húmida,
tão extensa,
um nicho
nas minhas
pálpebras
molhadas.

Gaivotas frias
de sal,
os olhos foscos
de espuma.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Luz de Neve.

Uma luz de neve,
horizontal e fria.

Sem destino algum,
ofusca
e cega.

Onde não há abetos,
nem pistas de alces,
nem ravinas por perto.

Vazia duna de luz
perdida.

A luz da neve.