Não estás agora aqui
e os camareiros atravessam
os corredores, nos hotéis.
As enfermeiras repousam
nas suas salinhas nos hospitais.
E os aviões têm os motores ligados
na pista dos aeroportos,
para um novo voo.
Tu não estás
e as nuvens cobrem o céu
da cidade.
Os eléctricos atravessam vazios
a Baixa deserta.
Tu não estás
e os noctívagos correm furtivos
os bairros onde há diversões.
Depois, ao amanhecer,
a cidade anima-se para mais um dia,
mas tu não estás.
Fechada no teu quarto,
tu estás a dormir,
tu descansas ainda.
Meu amor,
tu estás tão exausta
da rotina diária.
E até de mim,
que te peço tanto.
Deixa-te estar assim,
tu precisas descansar,
todo o tempo do Mundo,
meu amor.
Desliga o telefone,
não ouças ninguém.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
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