Viajámos depois para Sul,
deixando para trás as penínsulas mais ocidentais,
o pôr-do-sol nos areais,
luzinhas acesas ao fundo,
e as noites de chuva fria.
Nunca mais veremos a criança
que nos acenou algures, o capuz posto,
o cãozito ao colo.
Fechámos as portas como quem
se despede do passado,
e tudo ficou arrumado e limpo,
como se não tivéssemos sido nós
a estar ali.
Identificariam, é certo, o nosso rasto
para uma qualquer investigação pericial.
Mas quem o faria?
Quem o faria por nós?
Nunca mais
outros dias assim.
Apenas esses lugares permanecerão,
mudando lentamente,
na nossa memória.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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