Toda a noite
os pequenos pontos luminosos
assinalavam a presença
de bóias
e a água rodopiava entre as rochas,
com um som de cascata.
Empoleirados nas escarpas,
as lanternas acesas,
pescavam carapaus em silêncio,
arriscando a vida
a cada momento.
Partiram de manhã cedo,
depois de lançado o último isco,
deixando para trás o burburinho da água,
e a sua cor de pastis.
Ficámos então só nós dois,
a janela aberta,
o dia a chegar.
Tão juntos como se quiséssemos,
em simultâneo,
transpor as portas do paraíso,
para lá morar.
Ainda hoje aí estaremos,
para quem for olhar.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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