terça-feira, 4 de agosto de 2009

PARA A L. P.

Quando penso em ti,
sinto o coração ser fustigado
pelos ventos polares
e o eco longínquo
dos balidos de alces.

É uma paisagem invisível
a tua figura,
envolta na neblina dos bosques,
que me aquece o sangue.

E o meu sonho
traz-me o contorno inóspito
dos castelos perdidos da Baviera.

Amo-te assim tão suavemente,
como os barquinhos de pescadores asiáticos
que balançam na cinza fria
do Árctico,
ao amanhecer.

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