terça-feira, 4 de agosto de 2009

E o futuro, que só agora começou...

Recordas-te da cidade onde nasceste,
a poalha fresca nas ravinas e nas falésias sobre o mar,
a atmosfera tão densa dos campos e da terra,
numa combustão de cores,
que nesse tempo ainda desconhecias.

Esse espaço foi-te tirado depois,
pura e simplesmente.

Ainda te penduravas nos ombros,
como fazem os gatos,
quando, de cócoras, descansam.

As crianças, quando riem e brincam, são como
as da tua infância distante.

O silêncio
ainda hoje te inquieta.

E a passagem do tempo,
tão pertinente sempre.

Havia doces na tua infância,
a "pequenada" toda devorava-os.

E havia esse mar imenso,
que afluia ferozmente contra a costa imensa,
como uma iniciação.

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