Recordas-te da cidade onde nasceste,
a poalha fresca nas ravinas e nas falésias sobre o mar,
a atmosfera tão densa dos campos e da terra,
numa combustão de cores,
que nesse tempo ainda desconhecias.
Esse espaço foi-te tirado depois,
pura e simplesmente.
Ainda te penduravas nos ombros,
como fazem os gatos,
quando, de cócoras, descansam.
As crianças, quando riem e brincam, são como
as da tua infância distante.
O silêncio
ainda hoje te inquieta.
E a passagem do tempo,
tão pertinente sempre.
Havia doces na tua infância,
a "pequenada" toda devorava-os.
E havia esse mar imenso,
que afluia ferozmente contra a costa imensa,
como uma iniciação.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
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