domingo, 14 de novembro de 2010

Plenty, Plenty Soul.

Preciso ver da janela da sala
as folhas dos plátanos que espelham
a luz do Sol.

Esta quietude sem palavras
na manhã de Domingo.

O gato estirado num rectângulo
luminoso, no chão.

A rua deserta.

A floresta de enganos
esquecida algures.

Pode não ser ainda
o grande dia
do meu reencontro.

Mas sinto a paz
envolver-me
e tomar-me o espírito.

Vivo o que sei
como um iniciado vive
o grande conhecimento
universal.

A forma clássica
do pensamento.

Vivo sem subterfúgios,
a intelorância do gratuito.

E deixo-me estar
a bebericar o café.

Milt Jackson:
Plenty, Plenty Soul.

3 comentários:

  1. " intolerância "... Ahahah... Não me apetece apagar e reescrever. Foi gralha mesmo, eu garanto!

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  2. Olá!
    Vim aqui retribuir a visita...é o que faço sempre que encontro um novo seguidor...
    Gostei muito do seu poema dedicado á Sakineh!
    Volto!
    Abraço

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  3. Gosto dessa escrita bucólica...transcendente...
    muito bonito!!!


    um ótimo domingo pra você.

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