segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Novembro.

Depois dos dias de furiosa tempestade,
de um cinzento descuidado e sujo
pelas ruas alagadas,
os olhos cerrados ao fumo da água,
sem luz, nem vivalma,
 
Novembro surge nas fumarolas
das castanhas assadas
e do vinho doce.

Umas senhoras bem ataviadas
compram o primeiro bolo-rei
na pastelaria do bairro.

Trazem as notas enroladas
em pequenos porta-moedas
como o de verniz preto,
da mais idosa, quase trôpega já.

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