As crianças correm para galgar
a pista dos carrinhos eléctricos.
Luzes estonteantes e um ruído infernal
abafam a voz rouca e fina,
que as convida para uma nova viagem.
Surgem depois as mulheres, suas mães,
espartilhadas, redondas, deslavadas,
nos vestidos vistosos de feira.
Vêm calmas e seguras,
agarradas ao pauzinho da maçã
cristalizada e do algodão doce.
Uma traz tatuada no ombro direito
uma sereia nua, de olhos azuis
e grandes pestanas,
grandes e grosseiras.
As crianças, agora,
deliram, tontas
e afogueadas.
Rodam tão depressa
que nem se vêem.
sábado, 20 de novembro de 2010
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Bela homenagem a Rimbaud. Soa tão estonteante como um carrocel...mágico!
ResponderEliminarabraços