sábado, 20 de novembro de 2010

O Avião. ( Para Raymond Roussel ).

O bimotor surge da falésia,
quase não se vê porque o Sol
o esconde num espelho de luz.

Se não fosse pela pirueta que o faz
rasar a água e o mostra rangendo
de nova força ascensional,

dir-se-ia que na estrada próxima
passava um carro vagaroso,
anunciando por um megafone estridente
a estreia do circo, nessa noite, na vila.

Sem comentários:

Enviar um comentário