Espera
Horas, horas sem fim,
pesadas, fundas,
esperarei por ti
até que todas as coisas sejam mudas.
Até que uma pedra irrompa
e floresça.
Até que um pássaro me saia da garganta
e no silêncio desapareça.
Eugénio de Andrade, Trinta Poemas, O Sal da Língua Precedido de Trinta poemas, APE, 2001, Bibliotex, p.8.
terça-feira, 12 de junho de 2012
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