Não escondas os olhos
na nudez dos braços.
Os gatos há muito sonharam
a tua fragilidade, no abandono
diário do seu sono quieto.
Não mintas sobre o sobressalto
dos teus dias tão iguais.
Há lobos que uivam
não se sabe onde.
Talvez os teus olhos
se abram para a sua sede.
E o teu corpo
te peça a água límpida
dos regatos.
Não deixes que os peixes
te suguem o desenho dos pés.
Nem isso vale a pena,
de tão banal.
Ou que mãos,
muito oportunas,
consumam a linha
cruzada do teu desejo.
Não adormeças
na solidão escondida.
Nem te protejas
em mais ninguém.
Há aves que esvoaçam
nos teus olhos cerrados.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário