domingo, 19 de dezembro de 2010

Desgosto 2.

A minha vida hoje
é uma bruma entre penedos,
leves colinas geladas
e penhascos de cinza,
enevoados.

Tive o coração cheio,
a imagem sagrada,
a figura pagã.

As fardas bucólicas
dos franceses,
a glória da alvorada.

Hoje, volto ao lusco-
-fusco a espevitar a lareira
e sonho.

E sonho.

Não tenho segredos.
Sinto a garganta
apertada.

Que me interessa
que a turba
chapinhe.

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