Nesta parede que me veste
da cabeça aos pés, inteira,
bem hajas, companheira,
as viagens que me deste.
Aqui,
onde o dia é mal nascido,
jamais me cansou
o rumo que deixou
o lápis proibido...
Bem haja a mão que te criou !
Olhos montados no teu selim
pedalei, atravessei
e viajei
para além de mim.
Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa, M. Alberta Meneres e E. M. de Melo e Castro, Livraria Moraes Editora, 3ª Edição, Lisboa, 1971, pp. 305 e 306.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
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