sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Revoada.

Quero ver-te amanhã,
para te falar do fogo,
o fogo que queima,
abrasador.

Agora não,
estamos no Inverno.

Falar-te da Praça
do Campo Pequeno e ver-te,
só a ti.

Ver-te
num rectângulo verde
e azul
e branco.

Nos arbustos,
junto ao ringue.

Uma vez,
numa tarde de Domingo,
um malabarista manuseava
tochas acesas de fogo.

As línguas das chamas
pareciam espíritos.

Mas ver-te,
só a ti,
a sorrires-me.

Só a ti.

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