As luzes contra a noite,
luzes dispersas e coloridas.
As pequenas luzinhas tracejadas
do avião invisível, que se lança
na pista e ao longe se ergue,
com um ruído forte de ventoinha.
As luzes ainda, luzes fracas
e tristes, na desértica zona industrial
a oeste da cidade.
Sei que os restaurantes da Baixa
se animam a esta hora, de luzes
feéricas, embutidas ou quebradas
por abat-jours alegres.
A luz, naquela janelinha
sem graça, pela noite fora.
As luzes apagadas
no bairro humilde.
As fitas de luzes da ponte alta
reflectidas na água escura do rio.
É uma luz calma,
a que me ilumina as páginas
deste livro que leio.
Por ela me deslumbro
e nem reparo na passagem
das horas.
Na escuridão, ouve-se o vulto
de outro avião que parte
para mais um voo internacional.
Só se vê a linha das suas
vigias acesas.
sábado, 4 de dezembro de 2010
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