A oito mil pés de altitude
sobre a extensão cinzenta das nuvens,
uma estranha solidão me absorve.
Ao meu lado, porém,
o figurino cromático
da tua presença.
Azul, verde e negro
de azeviche.
És tu.
Tu
e esse teu discreto
perfume francês.
Pela vigia de bordo,
numa lenta ilusão de movimento,
assisto à combustão contínua
de relâmpagos,
que me ferem os olhos.
E um pássaro,
inesperadamente,
vem pousar na lapela azul
do teu casaco.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
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