O silêncio imperativo da noite.
Mesmo se ao longe cintilem as luzes na estrada,
ou passem carros com os seus brilhos amarelos e vermelhos.
Ou no interior dourado dos salões
as mulheres disponham com zelo
os pratos sobre as toalhas de linho.
Nas tabernas, o silêncio.
Estalam depois os gritos de trolhas
que falam e gesticulam, bêbados.
E os velhos,
que sorriem escavacados...
Nem Maldoror sobreviveria a tamanha,
imperturbável confusão.
O mudo silêncio dos contadores de estórias,
dos sonhadores e dos alucinados.
Nem o prolongado eco estelar romperia o puro,
opaco, vazio do silêncio.
Nenhum rosto o transformaria.
Nem que batessem asas os pássaros
em debandada.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
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Em vez de " bêbados " deve ler-se " ébrios ".
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