sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O Meu Mar É Castanho Como A Minha Terra.

O meu mar é castanho como a minha terra.
O galope das naus nas ondas do mar.
Ilhas, de que fortuna?
Todas são desespero.
Todas são loucura, sangue seco.

Deslizam as quilhas pelas ravinas húmidas.
São as aranhas que sobrevivem, seja onde for.
A vida passada a dormir dos gatos domésticos.

Uma capa sombria, capa negra de corvo.
O corvo que habita as falésias sobre o mar.

Algures, comem pastéis de Sintra, a boca suja do açúcar.
E os loucos caem na relva dos jardins
regurgitando a espuma de vinhos adulterados.

Este aqui tem as barbas de um almirante.
A sua armada anda há muito perdida na Australásia.
E a garupa mais se assemelha a um ninho de vespas.

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