Ficou tanto por dizer.
Não te contei que o céu
já era estrelado, antes daquela luzinha
lá ao alto...
Ou que são os sinos que ainda acordam,
nos vales, a letargia
cinzenta das aldeias...
Ou deste gato azul,
meu amor,
ouves?,
ronronando para ti...
Ficou tanto por fazer...
Os passeios de eléctrico
atravessando o Chiado à tarde...
Um chá de menta e chocolate
e um prato de scones ao lanche.
Lá fora, o frio do Outono
e as iluminações que já anunciam
a Quadra Natalícia...
E depois, meu amor,
as sapatarias que não fomos
espreitar,
e os grandes armazéns,
ainda há grandes armazéns
no Chiado?...
Ainda, amor?...
E por esquecer,
amor,
o que ficou?
Queres que diga agora,
ou preferes,
olhar lá ao fundo o rio
e como ondula suave,
pela tarde?
E o Tempo, amor,
será que há ainda Tempo
para nós?
Dois bilhetes de cinema
para uma sessão às sete?...
Ouves?...
Eu amo-te,
meu amor...
sábado, 21 de novembro de 2009
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