Paisagem de Outono,
tecida de suavidade
e silêncio,
ao meio da tarde.
Árvores que amarelecem
adormecidas pelo mistério
da vida vegetativa.
Há uma frescura no ar
que nos lava os olhos
e os acostuma à doce
diluição do horizonte.
A água do lago é um espelho
de transparências onde a paisagem
mergulha, como se flutuasse.
Espero na urdidura
da tela ver surgir
as aves, pela manhã.
E desse bordado paciente,
que cresça o musgo
em cada pedra.
Se a tua mão laboriosa
foi transformando o Outono
em sinfonia,
é porque emprestou à Natureza
a tua própria sensibilidade,
tão serena
e criadora.
Tombam agora as folhas mais secas
e já rolam revoltas,
empurradas pelo vento
que começou a soprar.
3 de Outubro de 2009.
( Pintura em acrílico sobre tela, 16,5x16,5, de L. P. )
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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