O que deixei perdido
nos areais do Guincho,
em Setembro de sessenta e um?
Conchas, pedrinhas, ou algas sujas?
Um punhado de areia
lançado contra o vento
e o seu retorno, ferindo os olhos.
O voo lento das gaivotas,
ou o sabor seco na garganta
da água do mar?
Nada perdi nessas dunas
do Guincho, no fim do Verão
de sessenta e um.
Trago ainda comigo o aroma
dos pinhais
e a imensa solidão do mar.
A vontade de desvendar os mistérios
encerrados há séculos nas escuras
salas do Forte de S. Julião.
E a memória branca do amor,
ao atravessar a Praça do Comércio
no regresso a casa,
e que ainda sinto hoje,
por Portugal.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
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