Tardes de Outubro junto ao mar,
a areia fria e o sabor a sal
dos cigarros fumados com sofreguidão.
Rumor de cascata que desaba persistente
e as tuas mãos, os teus ombros
molhados da espuma do mar.
Tardes de distracção e luz agreste,
de pinhões e café quente.
Tardes de secura fresca
e palavras dispersas.
Tantas palavras dispersas
e o aroma frio da água salgada.
E o Tempo imparável,
tão escasso já.
Os cigarros apagados
nos cigarros.
Tardes de Outubro junto ao mar
e o Tempo a escoar-se,
tão perto de nos estatelar
noutra noite tão escura.
Memória dessas tardes duma vida inteira,
para tu esqueceres depois.
Mas só mesmo depois,
meu amor.
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
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