Eu teria feito a cama
com lençóis de veludo
e mantas de cabedal.
Talvez os castiçais
me trouxessem de novo
a sobriedade do sono.
Mas virei costas
às pálpebras
e abandonei a casa.
Hoje vivo a inquietação
histérica e errante
das gaivotas junto ao rio.
Desfio pétalas doidas
que murcham rápido
entre os meus dedos.
E trago
as unhas roídas,
nas mãos crispadas,
de tão rubras.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
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