Oiço a tua voz
dentro desta sala
tão nua e beijo
os teus olhos
fugidios,
perdidos no sorriso
irónico,
que só tu sabes
porque o tens.
Vejo o teu vulto
esguio
em qualquer pintura,
os ombros,
os teus ombros,
sobretudo,
vejo-os no realismo
destas minhas
mãos
abertas,
vazias,
tão minhas
e tão sós.
Depois, tu,
ao longe,
serás luz
e cor,
serás tu
própria,
envolta já
no tule da noite.
Que me importa?
Se és tu,
tu mesma.
quarta-feira, 21 de março de 2012
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Já li os teus últimos poemas aqui publicados.
ResponderEliminarE como sempre gosto. De novo te digo: está na hora de começares a pensar em publicar um livro.
E hoje vou colocar no meu projecto de um poema por dia este teu aqui: "Para ti"
Um abraço
Carlos Ramos