Depois havia um abutre
que chapinhava nos despojos
ensanguentados da loba
moribunda.
E o asco que fazia cuspir
o muco interdito
e obsceno
da sua maldição.
O céu praguejava
clarões de tempestade.
E uma guerra imensa
não o deixava dormir.
Por dentro das pálpebras
zumbiam os insectos
e as hienas esperavam
a sua hora, enviando
mensagens ininterruptas
na rede vodafone.
Quando desataram
as suas risadas ocas,
a loba já era cadáver.
quinta-feira, 5 de abril de 2012
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário