Eu vi um espadarte
ser içado de manhã
das águas profundas
do oceano azul.
Preso por um anzol,
o enorme peixe
contorcia-se contra
o vazio do céu.
Uma linha tensa
prendia-o
à irremediável
morte.
Sequei a garganta
no sal cintilante
do mar alto.
Nunca mais
pude esquecer
esse domingo
de manhã.
Nem mesmo
agora,
em que as ondas
vêm calmamente
namorar a praia.
E a luz
tão forte,
parece apenas
acinzentar
o mar.
domingo, 29 de abril de 2012
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