quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sem Palavras.

O teu silêncio talvez seja
o ulular sombrio de aves
nocturnas,
ou a fluidez serena de gaivotas
que rasgam o vento,

não sei...

Sei que emudeci,
inquieto,
como se já não respirasse
nesta metrópole imensa,
e, desorientado,
não encontrasse o formigueiro,
a avenida circular, a praça,
o regresso.

Dei comigo a descer a falésia
e a correr para o mar.

Então sim, pude ouvi-lo,
a esse imenso oceano,
pensativo, teimoso,
rumuroso,
ruminante.

E soube que não sou feliz,
sem ter pronunciado
uma única palavra também.

Sem comentários:

Enviar um comentário