segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Franz Schubert e... Tu.

Regresso ao mar tempestuoso,
intrépido navegador solitário.

Arrisco a travessia das grandes
correntes,
prancha que enfuna como as velas
tensas
de uma fragata veloz.

Espraio-me depois sobre
o teu corpo, como
espuma que borbulha nas luras
de caranguejos,
ou algas que repousam revoltas
na baixa-mar.

Nas cidades,
os salões apagam-se
para o silêncio mais profundo,
quando o Sol se põe no horizonte
e as cores em fogo se estendem
ao infinito.

E é então
que o teu corpo arde,
tão lentamente como
uma sinfonia incompleta
ou uma canção crepuscular.

Sem comentários:

Enviar um comentário