Um cisne.
Porém, vogando
em águas negras.
O cuidadoso chapinhar da ave.
O olhar acutilante de uma águia.
Um só voo,
o mesmo balanço
ao poisar.
A grande pressão do Tempo,
esse envolvimento.
Um cinzeiro para apagar um cigarro.
Os reactores do Boeing 707 da Sabena na pista principal
da Ala-Norte
do aeroporto de Luanda.
Corto Maltese na bagagem de um adolescente.
O melhor refúgio.
Um salão de chá entre rochedos.
Um refúgio?
A esplanada junto ao rio.
Música para quebrar o silêncio.
Coisas com que eu fiquei de Agosto de sessenta e sete.
Um 45 rotações,
ou a postura que se vê numa fotografia.
Inocência perfeita.
Em Agosto de sessenta e sete.
São momentos breves, os gestos do banho,
cada fricção, cada lugar do corpo.
Deriva permanente.
Uma fonte de água fria,
em poliestireno expandido.
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
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