As crianças que guardam cabras
na savana africana.
A urze queimada dos bosques
na Europa distante.
Uma inquietação infantil.
Labaredas que tudo invadissem,
mesmo as casas.
O estridente zumbido dos gafanhotos,
lá ao longe,
num futuro diferente.
E o vento depois,
acendendo fogueiras na escuridão do mato.
Os grilos ensurdecem
com o batuque dos tambores.
A fome.
Estes rostos sujos.
A verdade afinal
é um drama.
Levantam poeira os camiões,
o vento rola agreste pelas encostas
e o horizonte é a perder de vista.
Na Europa longínqua,
os guindastes atacam sonolentos
os prédios em construção.
Tantos rostos sem rosto.
Fome.
E sonho.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
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