Poeticamente, estou acabado,
quando na realidade me sinto
destroçado, um monte de escombros.
Poeticamente não encontro
nestes becos culturais,
e são tantos,
senão desalinho,
roupa velha
e falta de maneiras.
Ao menos não dar
erros de ortografia
e ter aplomb...
Na realidade, há muito
tempo já, eu acabei
com a felicidade
a preço de saldo.
Poeticamente
e na realidade,
tudo vai ter
à mesquinha
e secreta
satisfação
dos corpos.
E finge-se
na realidade
que se é poético
e se ama
de verdade.
sábado, 28 de janeiro de 2012
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Mês de Janeiro de especial criação. Gosto deles todos, os poemas, e em especial, "A Frutaria".
ResponderEliminarUm dia destes, no projecto de um poema por dia, quando me faltar um, venho aqui roubar-te um e ponho lá. Abraços.
Sim, Carlos, obrigado.
ResponderEliminarÉ verdade que me tem sido penoso escrever ultimamente... Mas também gosto de A Frutaria. Acho muito urbano, muito da solidão das grandes cidades... Ah,Carl Sandburg é um grande poeta que escreve sobre isso.
As tuas melhoras, espero que a gripe te esteja a passar.