As varandas altas
contra a abjeção
do ruído da rua,
o movimento imparável
e sem sentido
e a sujidade de tudo.
A vida como um absurdo
de gestos mundanos,
de rotinas estúpidas
e a solidão imperial
da consciência desfeita,
imersa na irracionalidade.
Seria capaz de gostar
do bando de pombos
que atravessou a rua
e vai pousar na porcaria.
Da vertigem das varandas,
poderia gostar do estrondo
da queda veloz, da vida como
um sopro, da ausência de vontade.
Desço para entrar no automóvel
e perder-me na angústia do trânsito,
sem saber para onde ir, nem o que fazer.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2012
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