Se não fossem as sombras que encontrei pela tarde,
em que o Sol foi descendo, enquanto subiam as sombras
pela esplanada,
até a contraluz atingir o muro,
a parede ao fundo,
as arcadas escuras,
com o próprio Céu a escurecer cada vez mais,
as sombras dilatando,
crescendo, até ser noite, muito escura,
e as senhoras, ou os senhores,
aqui e ali, nessa noite escura,
saírem à rua,
a levar os sacos-de-lixo,
riscos amarelecidos de roupão turco
e sandálias,
ou a passear o cão,
altivos, serenos, de cigarro na mão,
sumindo depois para dentro dos prédios,
da luz do hall,
subitamente apagada.
sábado, 19 de março de 2011
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