Este moleiro vulgar,
homem do povo que só sabe
buscar o vento, soltar as velas,
fazer rodar a mó
e com mãos imundas,
guardar a farinha branca
de trigo em sacos de juta,
que o lisboeta egoísta
depois consome,
que sabe este pobre homem
que agora dorme, feliz,
se tu, de madrugada,
atravessas a Estremadura, veloz,
no teu automóvel tão rápido,
para depois
te vires deitar,
em silêncio,
na minha cama?
Que sabe, o pobre homem,
destes lençóis, tão alvos
como a sua farinha?
segunda-feira, 7 de março de 2011
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