sábado, 19 de junho de 2010

José Saramago.

A trama foi sendo tecida a negro
e as vírgulas,
as vírgulas desenhando cúpulas magníficas,
vidros nas portadas dos cafés em princípio de século,
grutas,
jangadas fantásticas,
elefantes,
barcarolas.

Um nome mágico e austero
e outro, nome doce de mulher...

Por caminhos que as ervas,
daninhas, cobrem,
estás tu hoje,
soprando a brisa,
agitando as copas.

E não é que desse sopro leve,
se vão soltando letras,
vírgulas,
maiúsculas,
parágrafos,
numa mancha negra de bordado?...

E é aí que tu estarás
para sempre,
encruzilhando as linhas
e a fazer-nos pensar.

1 comentário:

  1. É UM BELO POEMA, POETA. EU GOSTO MUITO DO ESCRITOR E POETA SARAMAGO, PARA MIM, UM DOS MELHORES DO MUNDO, POIS ESCREVIA COM O CORAÇÃO.
    UM GRANDE ABRAÇO PARA TI - TAMBÉM GOSTO MUTIO DOS PORTUGUESES, RSSS

    ResponderEliminar