A tarde desce no bico dos pardais,
que escolhem estes plátanos
para refúgio instável na escuridão
que aí vem.
As suas pálpebras,
membrana subconsciente
da leveza da vida,
vão engolir a abóbada
barroca,
absurda,
doutro dia que acabou.
Pudesse eu adormecer assim,
tão leve e sem sonhar...
Descobrir-se-ia em mim,
escondido pela folhagem,
a mesma inocência,
a mesma pulsação,
tão subtil.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
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