domingo, 16 de maio de 2010

Silêncio, Noite Escura, Solidão.

O vulto imóvel
sentado há horas
e o fumo lento
dum cigarro esquecido.

Houve um dia...
Uma manhã azul,
como são as manhãs
de Verão,
as cores vivas
e o alegre piar
das gaivotas...

O rolo da espuma
na quebra-mar...

O aroma adocicado
dos protectores solares...

As crianças que brincam
na areia húmida?

Há quanto tempo foi?
E porquê, lembrar isso agora?

Houve outra dia,
era de noite...
A viagem,
os faróis acesos
dos automóveis,
o espaço invisível
à volta...

Uma televisão ligada,
algures no prédio.
Ou será um transistor?

O gato que dorme,
enroscado no sofá,
em silêncio.

Há quanto tempo já,
as correrias saudáveis
na Praia do Guincho?

E para quê
lembrar isso agora?

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