Amo as tempestades nocturnas
e o ribombar dos trovões.
( Nesse mar pouco chão,
de pouco me serviria
a carta de patrão... )
Amo as falésias,
o sal que se estilhaça
quando rebenta o mar.
Amo o sobrevoo
de helicópteros
sobre a pradaria.
A força das manadas
contra os curros.
O trote elegante
das éguas
na manhã serena.
O formigueiro sibilante
ao Sol de África.
Amo o silêncio
das nuvens altas,
estas nuvens negras
de chumbo.
E o som do chuveiro
de encontro
ao reposteiro.
Sair do banho
para a solidão
da casa.
Acender o candeeiro
da cozinha
e inundar-me
da luz de lama,
do sonho de argila,
a terracota fina
da tua memória
em mim.
Amo a mudez
do telemóvel,
outro dia ainda.
O chá de tília
antes de adormecer.
E a ti,
na brancura pura
doutro amanhecer,
eu amo-te ainda mais,
só a ti.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
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