domingo, 21 de fevereiro de 2010

Eu Adoro-te, Tôchim.

O anjo negro
iluminado à noite
por archotes, que vão seguros
pela mão de mascarados
de águias negras
luxuosíssimas...

A locomotiva
que parte da estação central
numa nuvem de fumo
e ao som do compasso metálico
de bielas
e cambotas
oleosas...

E a carruagem
puxada por uma quadriga
ajaezada de veludos
carmins
e roxos,
debruados a ouro.

Eu daria tudo
por te revelar
o meu maior segredo,
sobrevoando a razar
a preia-mar do litoral
português,
de óculos escuros,
auscultadores
e um boné azul
ultramarino.

Sem comentários:

Enviar um comentário