Bonito, bonito...
é o jovem velocista africano,
pronto para correr
na pista de 100 metros.
É o índio na pradaria,
a cavalo do seu Mustang
malhado.
Bonito é o ganadeiro ribatejano,
que se passeia por bares à noite,
vestido de canastrão sóbrio
e não sabe ainda que o é.
É o turco de Istambul
ao cair da tarde,
que encanta as turistas
com os seus olhos verdes.
O esquimó pobre
vestido de peles de urso branco,
que come com auto suficiência
a carne crua das focas.
Bonito, realmente,
é o mecânico de subúrbio,
que cultiva os biceps
sob a t-shirt de feira.
O pescador humilde,
que tem olhos da cor do mar.
O turista acidental,
que se passeia com uma Beth
Ditto qualquer
e é feliz.
O marido da sostra,
que não era quando se casou.
O inevitável boémio,
o eterno solitário,
sem qualquer interesse
nem nenhuma posição.
Talvez também esse futebolista,
que trabalha dentro das chuteiras
e pensa dentro do relvado.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
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