segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Iniciação.

Repeti os gestos do poeta
com a mesma precisão dum sonhador,

porque teria de olhar para o céu,
de olhar as nuvens,

de trazer o vento
e o voo das aves
para os versos do poema.

A dor de quem sofre?
As injustiças muitas?

Camões passando fome na gruta de Macau?

Eu queria escrever
sobre o vazio das mãos abertas,
o olhar absorto,
o corpo imóvel.

Os gestos dum académico,
nunca.

2 comentários:

  1. Obrigada por comentar no meu blog, é sempre uma alegria te receber. A sua poesia é provocativa, faz pensar e sentir de uma forma incomum.

    Um abraço,
    Lígia

    ResponderEliminar
  2. É um prazer...
    Sempre atento à sua actividade, Lígia Guerra.

    ResponderEliminar