Como se fossem tuas as palavras
e eu as lesse no fumo das tuas mãos.
Como se estivessem pousadas
nos teus lábios,
para se soltarem livres depois.
Névoa que descesse sobre o mar,
barco e cisne,
escarpas douradas do meu sentir.
Uma vez, esse fulgor acendeu
a minha noite e eu segui,
deslumbrado,
o sentido do teu olhar.
Vi-te então abrir os braços
e flutuar sobre as ondas
revoltas doutro olhar.
Em esfinge e pedra,
um só grito surdo ecoou.
E em mim secaram essas palavras,
abismos de sal em que me deixaste ficar.
quarta-feira, 8 de maio de 2013
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