O vento corta frio
as esquinas
e rasga-me a pele
como uma lâmina.
Arrasta em turbilhão
as folhas mortas
do esquecimento
de tudo.
Tenho os olhos molhados
da água e do vento,
mas não posso agora
virar as costas
ao tempo.
Este vento cega.
Este vento satura o espaço
e uiva louco
e sem destino.
No fundo granuloso
do jardim,
o vento parece mesmo
que faz fumo.
domingo, 31 de janeiro de 2010
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