Porque é bonito
eu escrever-te.
Os aviões passam
muito alto
sobre Lisboa.
As crianças brincam
nos baloiços
e ouvem-se na estridência
da sua alegria.
Os adolescentes atravessam
o passeio, convencidos
da sua imagem do Mundo.
As nuvens correm
rápidas no céu.
Vem a noite,
cai a chuva.
Escrevo-te agora,
com um cigarro aceso
e um café fumegante.
Passam carros devagar
na rua deserta.
Escrevo-te
com ternura.
Escrevo,
amiga.
Escureceu tanto
e chove,
chove sem parar.
E os semáforos ali ficaram,
intermitentes
e inúteis,
pela noite fora.
sábado, 9 de março de 2013
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Poeta,
ResponderEliminarquanto tempo! É sempre um prazer revisitar os teus versos, tão bem concatenados.
Feliz dia da poesia!
Abraços.
Juscelino
Um abraço amigo, Juscelino Mendes !
ResponderEliminarFeliz, sim !