Digo-te,
por estas palavras,
que não há consolo para as horas
em que o tempo é senhor das dores,
estas mesmas,
magoadas,
em cascata,
cada uma depois de outra,
uma e outra,
de cada vez.
Guardo as melhores lembranças
das celhas esquecidas com água
suja de sabão,
as molas gastas
de prender barrelas fora de tempo,
as janelas abertas
e do amor,
de tão novo, o único,
impúdico,
amor,
um trapo encardido,
ensanguentado,
gritado de noite,
sem que o pressentisses,
alguma vez.
Roupa branca,
estendida ao Sol.
E tu,
de costas viradas
para a luz,
cozinhavas três pratos
de uma só vez,
só por ser domingo,
ou outra vez.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
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