Fecho os olhos no sofá.
Já não me sobressaltam
as malandrices de bairro,
que pressinto ao longe.
Ouço música em silêncio.
Há muito tempo esqueci
as grosserias de oficina,
o sorriso que imagino,
inevitavelmente,
nos seus rostos oblongos.
E a barulheira de crianças
soltas, ao deus-dará.
As pausas, angústias
estúpidas, essas feridas.
E os apagões breves,
mas tão insistentes.
Acendo um cigarro.
E espero pelo Outono,
pela chuva e o tempo frio.
domingo, 9 de setembro de 2012
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