sábado, 17 de setembro de 2011

A Mãe.

Tantos cuidados, desde que o dia nasceu.

O leite, o pão barrado com doce de mirtilos

e agora vamos à esplanada,
eu preciso
de um café forte, de sentir o vento
enquanto tens tempo
e não sais para
trabalhar,

compraste o jornal?

Não me deixes sem nada para ler,
meu filho.

Fico para aqui sozinha.

Mas eu deixo-lhe a televisão ligada,
minha mãe,
e o jornal.

Só tem que o folhear
e leia, leia o jornal,

mal possa, eu volto,

adeus,
minha mãe.

Não abra a porta, mesmo
se a campainha tocar.

Eu chego já,
não tarda.

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